Rodínia


Dione Veiga Vieira. Rodínia, 2015. Galeria II do Espaço Cultural ESPM - Mezanino








 Rodínia, 2015. Galeria II do Espaço Cultural ESPM - Mezanino



Rodínia é o lugar onde todos os surgimentos e desaparecimentos se concentram. Um continente forjado pelo embate dos opostos: vida e morte, dentro e fora, compreensão  e divisão. No final, a sedimentação.

Teoricamente, Rodínia é um lugar único que se formou a partir do movimento das placas tectônicas há  1 bilhão de anos atrás. Um supercontinente,  resultante de um trabalho lento e intenso, movido pelas energias do universo. Um território insular cercado apenas por elementos naturais. Esses mesmos elementos que propiciaram o ressurgimento da vida que estaria adormecida sob o gelo do planeta. De um lado, o fluxo dos ventos. E, de outro, o fluxo das águas. Tudo em reciprocidade. No núcleo, as oscilações do fogo.

Supostamente, a paisagem de Rodínia seria árida como um deserto, com suas marcas de antigos territórios devastados, resquícios de milenares rompimentos do seu corpus em vários outros. Mas, basta imaginarmos suas margens arenosas cercadas pelo mar imenso, para pressentirmos que esse bloco de terra esconderia a promessa  de um solo fértil e múltiplo. Rodínia não é o fim, nem o começo. É um processo contínuo.


Dione Veiga Vieira
março / 2015


Exposição: RODÍNIA, de Dione Veiga Vieira
Local: Mezanino da Galeria do Espaço Cultural ESPM
Rua Guilherme Shell, 268
Fone: (51) 3218 13 00
Visitação: 14 de março a 14 de abril de 2015
Horário: segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e, aos sábados, entre 9h e 15h.