Rodínia
Dione Veiga Vieira. Rodínia, 2015. Galeria II do Espaço Cultural ESPM - Mezanino
Rodínia, 2015. Galeria II do Espaço Cultural ESPM - Mezanino
Rodínia é o lugar onde todos os surgimentos e desaparecimentos se concentram. Um continente forjado pelo embate dos opostos: vida e morte, dentro e fora, compreensão e divisão. No final, a sedimentação.Teoricamente, Rodínia é um lugar único que se formou a partir do movimento das placas tectônicas há 1 bilhão de anos atrás. Um supercontinente, resultante de um trabalho lento e intenso, movido pelas energias do universo. Um território insular cercado apenas por elementos naturais. Esses mesmos elementos que propiciaram o ressurgimento da vida que estaria adormecida sob o gelo do planeta. De um lado, o fluxo dos ventos. E, de outro, o fluxo das águas. Tudo em reciprocidade. No núcleo, as oscilações do fogo.Supostamente, a paisagem de Rodínia seria árida como um deserto, com suas marcas de antigos territórios devastados, resquícios de milenares rompimentos do seu corpus em vários outros. Mas, basta imaginarmos suas margens arenosas cercadas pelo mar imenso, para pressentirmos que esse bloco de terra esconderia a promessa de um solo fértil e múltiplo. Rodínia não é o fim, nem o começo. É um processo contínuo.Dione Veiga Vieiramarço / 2015
Exposição: RODÍNIA, de Dione Veiga Vieira.
Local: Mezanino da Galeria do Espaço Cultural ESPM.
Rua Guilherme Shell, 268
Fone: (51) 3218 13 00